SINOPSE
A partir da investigação de crimes contra políticos corruptos brasileiros, um oficial justiceiro encontra um amor improvável e se depara com a recorrente pergunta de nosso imaginário como nação: haverá alguém não corruptível neste país? O espetáculo é uma alegoria cênica para o esgotamento ético em que o Brasil está mergulhado e para a urgência de um reencantamento do povo com a beleza da justiça.

SOBRE JUSTA
O trabalho foi idealizado por Gradim, que convidou Moreno para escrever um texto sobre a vida e a intimidade das prostitutas. Depois de discutir o esgotamento ético do Brasil atual e as mazelas sociais da população, eles criaram uma espécie de crônica política dos nossos tempos. Na trama, um investigador trabalha com crimes contra políticos corruptos brasileiros e tenta encontrar algum cidadão ético e incorruptível.

Nesse caminho, ele colhe o depoimento de várias prostitutas, todas interpretadas por Yara de Novaes, que são alegorias para o povo brasileiro. Uma delas é Justa, uma mulher ética no trabalho, na vida e no relacionamento com os clientes. ”A realidade do Brasil vem através dos discursos da vida dessas mulheres, do que as levou até ali, das injustiças e desigualdades sociais que sofrem. Em alguma delas, há uma defesa da prostituição como uma escolha do feminino, uma atitude política consciente”, comenta Newton Moreno.

Com um clima investigativo típico do Cinema Noir, a peça está recheada de metáforas que apontam para o reencantamento do povo pela justiça. “Nossa fábula metaforiza a necessidade de erradicar uma velha política. Após este momento de esgotamento ético, como avançar em tempos de extremos, quando parece que a única forma de diálogo é a violência? (ou o não diálogo?). Mas em nossa fábula, pensamos não mais a política como prostituição, mas a prostituição como política”, instiga o dramaturgo.

FICHA TÉCNICA
Texto: Newton Moreno
Direção Geral: Carlos Gradim
Elenco: Yara de Novaes e Rodolfo Vaz
Diretor de Produção: Emerson Mostacco
Diretor Assistente: Leandro Daniel
Assistência de Direção: Murillo Basso
Design de Luz: Telma Fernandes
Cenografia: André Cortez
Figurinos: Fábio Namatame
Trilha Sonora Original: Dr. Morris
Produção Musical: Yvo Ursini
Voz do Hino de Ninar: Laila Garin
Gargalhada: Teuda Bara
Conteúdo Audiovisual: George Queiroz
Assistente de Cenógrafia: Carmem Guerra
Diretor de Palco: Igor Biond
Operação de Luz: André Prado
Operação de Áudio e Vídeo: Vitor Vieira
Contrarregragem: Márcio Santiago
Projeto Gráfico: Beto Martins e Gabriela Rocha
Fotos: João Caldas (Formato Estúdio) e Elisa Mendes
Assistente de Produção: Márcia Costa
Coordenação Administrativo: Thais Boaventura
Assistente Administrativo: Mariana Braga
Coordenação Geral: Odeon Companhia Teatral